Impacto da tecnologia na sociedade
Repórter: Luciano Leão Dourado Junior Data: 27/04
A tecnologia está presente em
praticamente tudo que usamos e fazemos. A tecnologia mudou tudo, há 72 anos o
primeiro computador entrava em uso e pesava 30 toneladas e ocupava uma área de 270 m². Hoje empresas
investem alto para as coisas se tornarem cada vez menores, a ponto de caber no
bolso da calça. Algumas são usadas
para o bem e outras para as indústrias da morte.
Para ter provas desse fenômeno bastam
observar o comportamento social, os instrumentos de trabalho, os meios de
comunicação e de aprendizado. E isso torna tudo um ciclo de evolução infinito,
pois o mundo atual está girando em torno da tecnologia, já que isso aumenta o
capital e dá poder aos mais avançados.
Temos como exemplos “Cirurgiões Robóticos”
que opera
com precisão a retirada de tumores em uma região de difícil acesso e liderar,
em número, as cirurgias para retirada da próstata nos Estados Unidos.
Fazendo
uma comparação em países avançados tecnologicamente, ficam visíveis as
diferenças. A taxa de
extrema pobreza (ou seja, de pessoas que vivem com menos de US$ 1,25 por dia)
se situa entre “70% e 80% da população de seis PMAs (Países Menos Avançados), e entre 50% e 70% em outros dez”,
como revela o informe.
A pobreza em que vivem os PMAs (Países Menos Avançados) é “um círculo vicioso”, que se traduz em “má alimentação e
saúde, falta de acesso à educação, tendo como resultado uma queda de
produtividade”. Mas em 1970, a ONU criou a categoria PMA para que os
países mais pobres do mundo tivessem direito a mais apoio financeiro e ajuda
internacional do que os países em desenvolvimento. Países na classe PMA vivem
com menos de US$ 1,25 por dia, enquanto em países avançados, isso não chega nem
perto do mínimo.
Outro efeito bem visível e preocupante a população é
a obesidade. O desenvolvimento mudou coisas rotineiras do povo como hábitos
rotineiros do ser humano. Funções simples como ir ao supermercado, pagar as
contas, e até mesmo fazer compras de roupas e sapatos podem ser resolvidos pela
internet. Para Bruno Dutra, 21, a combinação de tecnologia e
sedentarismo influenciou nos seus 125 Kg. “Eu engordei 40 kg nos últimos 5
anos. Não pratico atividades físicas e resolvo tudo que posso sem sair de casa.
Tem dias em que não saio do computador e qualquer que seja meu problema tento
resolver pelo telefone, se não, apelo para o meu carro” , explicou Dutra.
Com a internet até a questão da fome pode ser
resolvida. “Sempre que posso faço pedidos de comida online nas grandes redes de
fast-food, pago com meu cartão e 30 minutos depois tenho uma refeição em casa,
sei que não é saudável, mas é prático”, completou.
A psicóloga Andréia Daniel, especialista em
transtornos alimentares e obesidade, confirma a ideia de que tecnologia e
sedentarismo podem ser prejudiciais. “Com o avanço da tecnologia, onde não
precisamos mais nem levantar do sofá para trocar de canal e resolvemos tudo
apertando botões, o sedentarismo impera.”
Segundo pesquisa da EducaRede, 43% das crianças
entre 6 a 9 anos têm acesso a internet em casa e 63% o fazem da escola. Dados
da mesma pesquisa informam que 39% dessas crianças trocam atividades motoras
(esporte, brincadeiras de rua) pelo tempo online, classificado mais moderno.
Andréia completa dizendo que são jovens como esses
os obesos de amanhã, e que a obesidade é só uma das consequências que o
sedentarismo e tecnologia podem oferecer. “Deixa-se para depois a saúde e a
qualidade de vida, esquecendo-se da saúde física e psicológica, resultando em
grandes transtornos”, comentou a psicóloga.
A Falta de Habilidades Sociais também é outra coisa importante que ditará
como será nosso futuro. “Já
pararam para observar como” estão ficando, o almoço de domingo, o encontro
entre amigos, Às pessoas ficam o tempo todo checando o seu smartphone, iphone
ou tablet, estão totalmente conectadas e imersas no seu mundo virtual,
ignorando o que se passa em seu redor.
De
fato é bem mais prático utilizar-se desses recursos para se comunicar; por
exemplo, se precisamos pedir um favor a um colega de trabalho podemos simples e
rapidamente enviar uma mensagem, ao invés de ter que emitir uma classe de
respostas (levantar-se da cadeira, abrir a porta, ir até a sala do colega,
olhar para o colega, falar com o colega, ver a reação do colega). As
tecnologias proporcionam conhecimentos e facilidades impressionantes, mas ao
mesmo tempo ela está encurtando essa classe de respostas, está afastando as
pessoas, provocando um isolamento social. “O contato físico, as conversas face
a face estão se extinguindo e uma geração de pessoas com um pobre repertório de
habilidade social está surgindo”.