terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Chave do tamanho, de Monteiro Lobato


Há pouco tempo li A Chave do tamanho, que se inicia com os personagens do Sítio recebendo notícias sobre os terríveis bombardeios a Londres durante a Segunda Guerra. Emília fica tão sensibilizada com a tristeza de dona Benta que decide ir à “Casa das Chaves” para desligar a chave das guerras. Mas a boneca é desastrada e acaba acionando a “chave do tamanho”... Ela se torna diminuta e o mesmo acontece com toda a humanidade.
Mas os animais não se tornaram diminutos, eles permaneceram “tamanhudos”, como a própria Emília diz... Os humanos se tornaram “insetos descascados”, também no dizer Emiliano. É graças ao pó de pirlimpimpim inventado pelo Visconde de Sabugosa que a boneca consegue se deslocar por ambientes e perceber que várias situações complicadas estão ocorrendo para os humanos: os que estavam em automóveis ou aviões, por exemplo, não tiveram a menor chance; muitos foram os que sucumbiram em suas próprias “imensas roupas”; outros tantos acabaram devorados por animais de criação e estimação... Que loucura! O Rabicó mesmo devorou vários humanos diminuídos...
A Emília socorre dois órfãos, experimenta o transporte em insetos e num colibri. Encontra o Visconde e nota que o mesmo não sofreu alterações com a diminuição... Depois de penar para se comunicar com ele e ser resgatada, Emília reencontra o pessoal do Sítio. Segue com o Visconde para várias partes do mundo. Chega à Alemanha e tem um encontro (espetacular!) com Hitler, que não consegue se pronunciar perante a boneca que dá um belo sermão no paranóico ditador. Encontra-se também com o imperador japonês em situação muito desconfortável... Ele também ouve poucas e boas da Emília. Nos Estados Unidos, a boneca e o Visconde percebem um início de civilização diminuta, em torno de um balde estão reorganizando a vida, capturando minhocas para a alimentação (!). A dupla de aventureiros também dá uma mãozinha ao presidente e aos congressistas norte-americanos... Ufa... Fica aí a dica, mas não vou entregar o final do livro. Você pode encontrá-lo na sala de leitura de nossa escola.
Um abraço,
Prof.Gilberto

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